Grávida pode dirigir? – Esta é a pergunta que muita gente faz ao ver uma gestante ao volante. E são tantos questionamentos levantados a respeito, que certamente, você também deve estar em dúvida.
Será que a gravidez impede esta prática? Afinal, quais são os riscos? E quais cuidados são necessários? O que dizem as leis de trânsito sobre isso?
Mas, calma! Não precisa estressar. Naturalmente, se você está grávida, precisa saber como agir. Portanto, aqui vamos esclarecer muita coisa sobre o assunto. E ao final do post você terá todas as respostas que precisa.
E então, vamos descobrir se grávida pode dirigir?
Grávida pode dirigir?
A gravidez é um estado que requer cuidados e muita cautela. Por isso, é importante que a gestante tenha conhecimento do que faz bem ou mal, ou seja, o que uma grávida pode ou não fazer.
Primeiramente é bom compreender que as leis de trânsito não se manifestam a respeito. Ou seja, não existe no Código de Trânsito brasileiro nenhum parágrafo ou citação que proíba uma grávida de dirigir.
No entanto, uma das exigências da legislação de trânsito é que todo motorista esteja completamente atento, tendo completo domínio do veículo enquanto o conduz. Isto nem sempre está assegurado, já que a gravidez envolve condições instáveis de bem-estar.
É por este motivo que profissionais da saúde recomendam às gestantes cuidados especiais ao volante. Muitos obstetras e ginecologistas até mesmo desaconselham o ato, esclarecendo que o melhor lugar para as grávidas é o banco de trás.
Toda esta preocupação não é infundada, visto que existem situações arriscadas que podem surgir com gestantes que dirigem.
Bibiiiii! Mamães na direção: riscos e dificuldades
Afinal, que riscos corre uma gestante ao conduzir um carro? Por que tanta gente diz que não deve? Se você está grávida, conheça os riscos e proteja-se.
Uma gestante dirigindo um carro está sujeita a várias situações devido a seu estado. No decorrer do caminho, talvez ocorram imprevistos, como por exemplo:
Mal estar, tonturas e enjoos característicos da gravidez
Em uma autoestrada seria um transtorno, pois nem sempre é possível parar. O mesmo pode ser dito em um trânsito intenso, na hora do rush. Imagina, ter sintomas como náuseas, vômitos, vertigens, no meio do tráfego congestionado ou em um engarrafamento?!
Contrações
Principalmente, no final da gravidez a coisa se agrava: é grande o risco de uma contração, ocasionada pelos movimentos do carro na estrada; os buracos, quebra-molas e paradas bruscas não são nada confortáveis.
Barriga e volante não formam uma boa dupla
À medida que a barriga vai crescendo fica mais difícil, pois barriga e volante não se dão muito bem. Um ponto essencial é manter, pelo menos, 15 cm de distância da direção.
Além disso, todo cuidado é pouco, pois uma freada brusca provoca impacto que gera consequências graves.
Estar ao volante exige atenção
Este é um outro problema, pois, a concentração e foco da gestante ficam reduzidos. Os reflexos ficam mais lentos durante a gravidez. Além disso, no comecinho da gestação vêm aquele soninho enjoado.
E lá pelo 4º e 5º mês, chegam os movimentos do bebê. Mexe daqui, mexe dali, embola de um lado, passa para o outro… Prestar atenção no trânsito fica complicado!
Final de gestação? Vá de táxi!
Este é um ótimo conselho. Quando a barriguinha já virou um barrigão, os riscos aumentam. Nesse caso, o perigo é a ocorrência de uma colisão, de uma derrapada ou até mesmo uma freada brusca.
Conforme a intensidade, estas situações provocam baques e choques que afetam a barriga. E não há como prever os resultados. Uma situação dessas provoca até mesmo indução de parto prematuro.
No entanto, apesar dos perigos, deixar de dirigir fica muitas vezes complicado para uma futura mamãe. Ou seja, considerando a vida corrida que levamos, onde as gestantes precisam transitar sem demora, fica difícil passar 9 meses fora do banco do motorista.
Portanto, se não houver como evitar, o melhor a fazer é ter muita cautela. Com prudência muitos problemas são evitados, tanto para a mãe quanto para a criança. Confira alguns cuidados a tomar e veja como grávida pode dirigir.
Cuidados de uma gestante ao volante
Grávida pode dirigir sim, mas com muita atenção. Os cuidados mais recomendados são:
Cinto de segurança? Sim!
É claro que incomoda! A barriga vai se avolumando e o uso vai ficando complicado. Porém, ele é item indispensável também para as gestantes.
O mais adequado é passar aquela faixa diagonal pelos ombros, entre as mamas, de modo a ficar cruzada no peito. A faixa inferior horizontal deve ser posicionada abaixo do útero.
Nunca disponha as faixas de proteção sobre sua barriga. O uso incorreto pode trazer graves problemas para o feto. Mesmo se estiver no banco de trás, a grávida deve utilizar o cinto de segurança.
Ajuste o banco
O banco deve ser ajustado, afaste-o do volante e posicione-o de forma a manter uma postura mais reta. No entanto, tenha atenção neste ajuste, não se esqueça que seus pés terão que alcançar os pedais, de forma segura e sem esforço.
Evite dirigir por longo tempo e por longas distâncias
Dirija, mas vá apenas até onde é necessário. Evite ficar tempo demais em um banco de motorista, enfrentando estrada e trânsito. Permanecendo menos tempo na direção você vai evitar complicações.
Por exemplo, a dor nas pernas, pernas inchadas e estresse. A posição sentada por mais de 2 horas pode causar dificuldades no fluxo sanguíneo, pois afeta o retorno venoso. O ideal é poder parar, andar e alongar as pernas. O melhor é movimentar-se para relaxar e não acumular estresse.
Evite o trânsito intenso
Os horários de trânsito intenso são terríveis até para quem não está carregando um bebê. Portanto, evite-os.
Principalmente quem vive em grandes centros urbanos sofre com a loucura do tráfego. É muito estresse para uma futura mamãe e seu bebê.
Grávidas com problemas de glicemia e pressão baixa não devem dirigir
Se você tem problemas de descontrole glicêmico ou sofre, por exemplo, de diabetes ou pressão baixa, nem pense em conduzir um veículo durante a gravidez. Imagina se surge uma queda de pressão ou se a glicose baixar de repente! Se estiver no trânsito, é uma fria!
O risco de acidentes, nestes casos, é elevado. Existe uma pesquisa científica que fala sobre esta questão. Um estudo, publicado no Canadian Medical Association Journal, informa que mulheres grávidas estão sempre à mercê de acidentes no trânsito.
Conforme esta investigação científica, a gestação eleva o risco substancial de acidentes, principalmente, no decorrer do período entre o terceiro e o sexto mês.
Cuidado com o pé! Não exagere no acelerador!
A velocidade deve ser reduzida. Quem está grávida tem reflexos mais lentos. Portanto, é melhor dirigir devagar, poder desviar dos buracos da estrada, dos ressaltos e impedir de frear repentinamente.
Além disso, velocidade baixa significa mais segurança. O risco de acidentes é muito menor.
Como você vê, a grávida pode guiar um carro. Não há proibição sobre isto. No entanto, é aconselhável seguir as recomendações. Elas têm o objetivo de impedir que a gestante e o feto sejam prejudicados.
Grávida pode dirigir? Perguntas frequentes
Ah, aposto que você ainda tem algumas perguntas sem resposta, não é? Pois aqui estão algumas questões que passam, frequentemente, pelas cabecinhas grávidas. As futuras mamães querem saber…
O que fazer para ficar mais confortável, ao volante?
- Fazer ajuste do banco, levando-o para trás o quanto for possível para deixar a barriga livre.
- Não usar calçados que impeçam um bom contato com os pedais;
- Quando for guiar, não vista roupas ajustadas ao corpo, que apertam sua barriga. Isso aumenta o desconforto;
- Coloque o cinto de segurança de forma adequada.
Até quando grávida pode dirigir?
Apesar de o ideal mesmo ser consultar o obstetra, a recomendação geral é que ela pare de guiar no oitavo mês, se não puder fazer isto antes.
No finalzinho da gestação, a barriga está bem grandinha, o cansaço da mulher é maior, assim como a ansiedade. Tudo isso forma um conjunto de obstáculos e dificuldades. Portanto, é aconselhável parar de dirigir ao chegar no último trimestre.
E depois do parto, quando posso voltar a conduzir o carro?
Há mulheres que se recuperam com muita rapidez e querem logo recomeçar a viver como antes. Contudo, é preciso mais um pouco de paciência.
Sabe aquela história que a vovó contava do resguardo após ganhar bebê? Pois, então… Saiba que não é mito. É sério. O resguardo é importante, e inclui a recomendação de não dirigir.
Quem fez parto normal, por exemplo, precisa de pelo menos 30 dias para retomar as atividades normais, inclusive a direção de um carro.
Quem passou por cesariana precisa de mais descanso. Só deve seguir em frente com suas atividades após 40 dias. Isso vale também para guiar automóvel.
O que acontece é que o útero passa por alterações delicadas. Imagina um órgão com dimensão de uma pera, se ampliar até chegar quase ao tamanho de uma melancia!
Após o parto, esse órgão tem que voltar ao normal, e isso é acelerado no resguardo. Este processo, também chamado pelos médicos de puerpério, demanda tempo, visto que nesta transição ocorrem mudanças físicas e psíquicas fundamentais.
Agora sim, você já sabe se grávida pode dirigir, não é? Já deu para entender também que os cuidados são importantes e devem ser considerados sempre.
Guiar um veículo durante a gravidez é possível se você seguir as recomendações e tomar todo cuidado. Lembre-se de colocar em primeiro lugar a segurança e o bem-estar, tanto o seu quanto o do bebê.
Mas, se ainda está em dúvida se grávida pode dirigir, converse com seu médico. Ele pode te orientar. Agora, pense aí se gostou das dicas deste post. Se sim, compartilhe.
